Hoje, 22 de maio de 2014, às 02:20 da manhã, eu, bêbada, escuto ao longe uma música brega que toca no rádio e me lembra o dia em que eu procurava constelações, mas a lua minguando no céu, me lembra: algo está a morrer. Tenho algumas preocupações, algumas contas a pagar, mas, hoje, apenas respiro. Quando o coração fica parecendo uma britadeira é bom respirar, respirar para que o mundo todo não entre em colapso e você não se quebre em mil pedaços. Há um espaço vazio em minha cama, há um espaço vazio em meu coração. Há um nó na garganta e outro na cabeça: por quê, afinal de contas? Um imperativo responde: "Tem que ser assim, o tempo não volta". É aí, que nem a linguagem, nem o corpo, nem a cabeça e nem o coração conseguem se entender mais.
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