Olá, seja bem vindo navegante. Esta é a primeira crônica de Flavia. Decidi criar este blog pois eu gosto de escrever, e ter um blog é uma boa maneira de fazer deste exercício um hábito. Aqui pretendo deixar minhas impressões sobre o mundo real ou virtual do qual faço parte, das coisas que são capazes de causar fascínio ou incômodo. E pra começar, devo dizer que eu me incomodo bastante com uma coisa muito comum, talvez inevitável, nessa vida de internauta da qual todos nós compartilhamos nesse início de terceiro milênio: a exposição de questões particulares num espaço público, a internet. Por este motivo, descrevi o blog como "meu público espaço particular".
Penso que ainda é um pouco difícil perceber que nos encontramos num espaço semelhante a um shopping center, uma rua movimentada, um bar ou uma grande festa, virtualmente, ao mesmo tempo em que podemos estar, fisicamente, de pijamas em casa tomando um cafezinho (como eu neste momento). Não são poucos os descuidados, existem muitos deles nas redes sociais, das quais muitos ainda tem medo de fazer parte devido à exposição de questões particulares. Acho isso uma besteira, pois aqueles que decidem não se atualizar sobre as novidades virtuais, ainda que sejam praticamente analfabetos digitais como eu, acabam se tornando algo como ermitões contemporâneos. É como diz o conhecido dito popular, "Tá no inferno, abraça o capeta". Contudo, as pessoas que tomam a decisão de permanecer distante da vida cibernética não deixam de ter razão. Vou citar outro exemplo, ainda sobre as redes sociais. Imagine a seguinte situação. Você conhece duas pessoas diferentes, amigos, rolos, ex-namorad@s ou conhecidos apenas e não imagina que estas duas pessoas se conheçam entre si. E realmente não gostaria que elas se conhecessem para que não comentassem algo relacionado à você ou então algo que você acabou comentando numa conversa descuidada, virtual ou não, sobre uma dessas pessoas. E, de repente, está lá... amigos em comum... as pessoas se conhecem. É uma parada meio wikileaks, sabe? Você até imagina o que acontece, ou o que pode ser dito, mas quando vê, é constrangedor.